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Integração real da TI e negócio: achamos a fórmula?

Integração real da TI e negócio: achamos a fórmula?

A última reunião do SAB - Strategic Advisory Board do HDI, aconteceu neste mês de setembro, e as discussões sobre a transformação do nosso mercado continuam! Nesta oportunidade, o grupo debateu sobre a independência das áreas de negócio para aquisição e implementação de tecnologias diversas, bem como os riscos e desafios da TI para conseguir se adaptar a essa nova realidade, continuar ajudando o negócio nesse cenário e apurar os riscos envolvidos neste novo momento.

Para quem não conhece, O Strategic Advisory Board (SAB), é o conselho estratégico do HDI no Brasil formado pelos gestores de importantes operações brasileiras. O grupo realiza quatro reuniões anuais e têm como objetivo prover recomendações e informações sobre as tendências da indústria de serviços de TI, e auxiliar o HDI na documentação e comunicação dessas tendências ao mercado como um todo.

Estavam presentes nessa reunião: Thiago de Marco (HDI), Décio Eduardo (TRANSPETRO), Leandro Jardini, Claudia Petini (T-Systems), Vagner Baptistelli (Lanlink), Carlos Ballesteros (PROTEGE), Daniel Fabiciack (Cyrela) e Felipe Coelho (HDI Brasil). 

Muito falamos, nostalgicamente em alguns momentos, sobre o funcionamento da integração TI e negócio no passado recente, e a revolução em uma década. Pois é, esse passado recente era uma época de uma área de TI soberana na empresa, na qual tínhamos regras, políticas, processos e procedimentos que não eram passíveis de mudança ou negociação, na maioria dos casos. Com a evolução do conceito de que TI deveria estar integrada ao negócio, e não apenas alinhada com o negócio, algumas mudanças na flexibilização dessa relação da TI com a empresa foi mudando.

 

O que surpreende no entanto, é que a TI não esperava que as novas gerações entrantes nas companhias iria levar essa questão da integração ‘’tão a sério’’. Chegam profissionais antenados, em muitos casos conhecendo mais de TI que a própria TI. Mas também casos de profissionais novos que imaginam conhecer, mas não conhecem tão bem. A geração mais antiga, presente, passa a entender que precisa também fazer parte desse novo momento, e então a avalanche chega: temos uma empresa integrada (ou com sérias intenções de), na qual TI e negócio são uma ÚNICA célula. Mas, saibam: essa integração não é (tem sido) tão simples assim!

 

Cada corporação, tem a sua particularidade. A velocidade da mudança sempre dependerá de fatores como criticidade da TI perante negócio, tamanho da empresa, políticas de segurança, modelo de negócio, indústria que a empresa pertence, entre outros fatores culturais. Mas fato é, uma hora ou outra, a TI estará junto aos negócios de forma integrada.

 

Um ponto que desencadeou parte desse processo, como citado, é a independência das áreas de negócio frente a TI. Essa geração entrante, baixa e instala seus aplicativos e aplicações, como faz com seu computador ou celular particular. Muitas vezes não conhecem as regras e políticas que TI determina para novos projetos ou instalações, nem sua própria gestão conhece muitas vezes.

 

 

Ao perguntarmos para esses usuários o porque de realizarem suas iniciativas tecnológicas de maneira independente, a resposta em geral é: ‘’Ah, fiz aqui rapidinho. Já instalei para toda a equipe de marketing, usei nosso budget e está funcionando. Se chamasse a TI, ia demorar muito!’’.

 

Esse é um feedback bem comum quando questionamos áreas de negócio. E no começo, quando estamos falando de casos isolados, a TI simplesmente corrigia o processo junto a tal área e pronto, resolvido. Mas com a avalanche de acontecimentos, a TI que precisou se reformular culturalmente e processualmente para voltar a atender o negócio. E PRECISA atender o negócio, pois os riscos e problemas que as instalações independentes causam para a empresa são inúmeras, e isso precisava ser mostrado. No início, uns dois anos atrás, quando essa onda começou a se transformar em padrão, o conflito era constante e tenso entre TI e negócio. 

Toda disrupção é dolorosa: Mas como sempre é dito, precisamos da tempestade para que chegue a bonança. Logo, esse choque passa a gerar ideias e métodos para uma melhor harmonia e integração. Percebemos algumas boas mudanças em prol da integração:

 

Agilidade: todos os métodos ágeis existentes, que em sua maioria já existiam há um bom tempo, passam a ser de fato utilizados. Isso ocorre porque o negócio entendia a TI lenta e burocrática, e a TI entendia o negócio desprendido de preocupações com segurança da informação e minimizando problemas técnicos mais graves. O que acontece, é que TI enxerga nas metodologias ágeis, uma forma na qual mesmo resolvendo problemas de negócio com mais agilidade, existe um processo para isso acontecer de forma organizada e segura. Ambos saem ganhando e a integração acontece.

 

Equipes multidisciplinares: provavelmente o grande responsável pelo sucesso dos negócios junto a TI. Esse é o momento em que os grupos de discussão de projetos em geral (squads ou como você preferir chamar), se unem para resolver um problema da empresa. Aqui, as áreas pensam em soluções de fato com olhar 360o., entendendo todos os lados da empresa, medindo riscos e sucessos juntos. Aqui a mágica acontece, e sem nem mesmo notar, as áreas de tecnologia e negócio estão juntas, resolvendo questões empresariais complexas, com a mudança cultural acontecendo paralelamente.

 

Descentralização da TI: dentro do conceito da TI entender o negócio de forma real, áreas de TI começaram ''emprestando'' recursos para áreas de negócio, com profissionais alocados nos departamentos para atenderem e desenvolverem projetos estratégicos em conjunto. Ou seja, além das squads para definição dos trabalhos, as áreas de negócio contam com profissionais de TI sendo parte de sua unidade de negócio. Em um segundo momento, algumas empresas inclusive passam a incluir em suas áreas específicas, profissionais técnicos de forma permanente, não apenas ''emprestando'' da área de TI. Isso traz uma autonomia muito forte para o departamento e para o negócio, mas traz preocupação também, uma vez que políticas de segurança podem ser ignoradas devido ao dinamismo do modelo.

 

Pois bem, aqui temos um modelo de integração TI e negócios que pode funcionar, através de modelos ágeis de projetos e equipes multidisciplinares, mas também essa integração pode acontecer através de outros modelos e práticas. O importante é citar que existe um caminho em que TI busca se renovar e agilizar seus processos para mudar sua imagem burocrática, enquanto o negócio recebe de braços abertos as áreas técnicas para um debate em busca do melhor para a empresa, entendendo que apesar da necessidade de ser ‘’tudo para ontem’’, a TI possui importantes contribuições para um projeto seguro para a empresa e é preciso ouví-las.

 

Um dos membros do grupo, Carlos Ballesteros da PROTEGE, trouxe algumas considerações importantes à mesa para encorajar o debate nas empresas, pois considera que seu ambiente de tecnologia e negócios está sendo beneficiado por essas práticas no dia-dia. Com a provocação, o grupo debateu e concluiu que temos sim benefícios, porém é preciso atentar-nos aos riscos. Alguns deles são:

Benefícios:

 

  1. Agilidade nas entregas
  2. Inovação: inova-se mais do que antes
  3. União de negócio e TI - fato!
  4. Sinergia e visão empresarial unificada
  5. Entrega de valor constante - sprints
  6. Dinamismo real
  7. Encontro de soluções até 10x mais veloz
  8. Evolução cultural
  9. Coragem e força na disrupção
  10. Descentralização da TI

 

Riscos:

 

  1. Custos consideráveis que não são planejados em diversas ocasiões
  2. Segurança da informação em risco
  3. Questões políticas podem atrapalhar a agilidade dos projetos
  4. Não ter um forte ‘’sponsor’’ interno pode matar a iniciativa

 

Atente-se aos riscos, apegue-se aos benefícios, estude o seu ambiente e proponha a mudança! A TI pode ser protagonista desse processo e ganhar muita visibilidade na empresa / cliente, basta mostrar que está aberta a mudar a cultura e iniciar as dicusssões!

 

Um grande abraço,

 

Grupo HDI SAB - Strategic Advisory Board


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