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Como a indústria de serviços está se preparando e influenciando a transformação digital e a 4a. revolução industrial?

Como a indústria de serviços está se preparando e influenciando a transformação digital e a 4a. revolução industrial?

A última reunião do SAB - Strategic Advisory Board do HDI, aconteceu neste mês de junho, e as discussões sobre a transformação do nosso mercado estão cada dia mais vibrantes! Nesta oportunidade, o grupo debateu profundamente como as empresas estão se preparando para a 4ª. revolução industrial. Sim, os profissionais de tecnologia estão encabeçando em suas empresas, verdadeiras mudanças não apenas tecnológicas, mas também de negócios. De fato, a TI está integrada ao negócio e contribuindo com outras áreas para verdadeiras transformações em seus segmentos. 

Para quem não conhece, O Strategic Advisory Board (SAB), é o conselho estratégico do HDI no Brasil formado pelos gestores de importantes operações brasileiras. O grupo realiza quatro reuniões anuais e têm como objetivo prover recomendações e informações sobre as tendências da indústria de serviços de TI, e auxiliar o HDI na documentação e comunicação dessas tendências ao mercado como um todo.

Estavam presentes nessa reunião:

Thiago de Marco (HDI), Décio Eduardo (TRANSPETRO), Leandro Jardini, Claudia Petini (T-Systems), Maria Goreti (HDI), Vagner Baptistelli (Lanlink), Douglas Barul (DXC) e Carlos Ballesteros (PROTEGE), este último o qual trouxe o tema do debate à mesa. O grupo é formado por profissionais voluntários, e passa por uma atualização de suas cadeiras. Caso tenha interesse em participar, o momento é agora, conheça como se candidatar.

O debate se inicia, com o grupo exaustando o ponto de que ter os indicadores e SLAs ‘’azuis’’ e positivos, já não atende as expectativas e necessidades dos usuários e, consequentemente, do negócio. Isso se dá porque além de levar a infraestrutura e aplicações de base aos usuários, a TI precisa ir além e olhar para inovação empresarial de seu ambiente. Muitas vezes, as empresas desejam trilhar determinados caminhos, e a TI ao invés de se colocar como protagonista e levar possíveis soluções / business cases antecipadamente, se esconde e prefere como coadjuvante, receber ordens para execução sem nenhuma opinião estratégica sobre o direcionamento imposto. Se a TI não se posicionar como o agente da mudança, será atropelada pelo negócio e perderá força na empresa.

Comenta-se nesse momento, o porque das start-ups terem sido grandes parceiras das empresas nos últimos anos: agilidade e protagonismo na proposta de soluções para o negócio, menos burocracia, métodos ágeis de implementação de soluções, e por aí vai.

Além de parceiras, conversam na maior parte das vezes, direto com gestores do negócio, e não passam por TI. Ao perguntar para um profissional de negócio com perfil inovador o porque de ele não ter envolvido TI em um de seus projetos com start-ups, ele responde: ‘’Ah, é que a área de TI da nossa empresa é muito burocrática, então preferi buscar uma solução mais rápida fora’’. Fato é, que com a participação e apoio da TI interna junto aos fornecedores de tecnologias externos, uma vez alinhada e veloz, é muito melhor, pois a TI corporativa conhece bem as regras de compliance, segurança da informação, suporte aos serviços e infraestrutura em geral, podendo explorar de maneira profunda o potencial da start-up ou solução externa, e trazendo segurança para a empresa e os usuários. Hoje, busca-se o mais rápido ao invés do perfeito, bem como evoluções constantes dentro de métodos ágeis, com intuito de tornar a TI mais eficaz para a tal 4ª. revolução industrial.

Uma forma de evolução debatida para o momento vivido, é a coparticipação dos clientes no processo de inovação das empresas de tecnologia. Usuários finais, bem como profissionais de TI tomadores dos contratos nas empresas, começam a ser convidados para os laboratórios técnicos de seus prestadores de serviços, e ali debatem melhorias e aplicabilidade para os serviços e produtos que são produzidos ou protótipos que estão em desenhos e testes. Isso feito de forma consistente, traz serviços de TI muito alinhados com o que o mercado em geral precisa para evoluir.

Um outro GRANDE responsável pela evolução empresarial é o RH (recursos humanos). É um departamento que consegue captar através de modernos métodos, o perfil ideal de profissionais para trabalharem nos projetos de transformação nas empresas, seja profissional de TI ou de qualquer outra área. Mais que isso, desenham treinamentos de inovação de forma a extrair o melhor desses talentos, e assim levar respostas aos boards das empresas montando verdadeiros comitês de inovação multidisciplinar. Com isso, além de uma área de transformação forte, a empresa passa a trabalhar com profissionais que são ‘’donos’’ não de áreas, mas sim de produtos / processos. E podem ser donos de mais de um processo, como também participante de muitos outros.

Um outro ponto debatido, além de termos os perfis corretos trabalhando em suas inovações, e uma TI sempre atenta as necessidades reais do negócio, é preciso que o comitê de inovação de uma empresa (seja formal ou não), tenha pleno domínio da JORNADA DO CLIENTE em sua empresa. Ao entender cada etapa da interação do cliente com a empresa, é possível analisar com essa equipe multidisciplinar, vários gaps ou oportunidades de melhoria nessa jornada, transformando a experiência dos clientes e melhorando a performance empresarial.

Um ponto também comentado e debatido, é o profissional de TI que as empresas estão buscando. O perfil comportamental e inovador são levados em conta de forma decisiva. O perfil técnico é importante, bem como conhecimentos da área, mas não são mais os principais pontos analisados. É preciso se reciclar e estar antenado com as tendências de customer experience, automação e RPA, habilidades de relacionamento, cultura de projetos ágeis, entre outras disciplinas dessa categoria. Isso mostra um interesse de desde o início do ciclo, ter-se um profissional transformador para agregar valor ao time.

Em conclusão, a transformação nas empresas só pode ser alcançada se for colaborativa. De nada adianta um indivíduo remando contra a maré, ou uma área de atuação interna buscar mover o todo. A inovação colaborativa vem de encontro com o que foi debatido anteriormente, que são as equipes multidisciplinares compondo um comitê ou uma área de transformação que permeia toda a organização. E não só isso, internamente, mas também buscar entender o que está sendo feito no mundo exterior. Participar de eventos, treinamentos e buscar visitar outras empresas com essa experiência, poderá lhe abrir horizontes fantásticos para que faça um uso ainda melhor do movimento interno em sua empresa. Como resultado, as organizações estão criando produtos e serviços muitas vezes que substituem seus próprios produtos atuais, pensando negócios de uma nova forma, criando concorrentes diretos e indiretos, mudando a forma de fazer o que inclusive já achamos moderno!

Pense nisso, o mundo mudou e foi na nossa vez!


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