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O déficit de mão-de-obra em TI não é mais segredo. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), atualmente o déficit é de 92 mil profissionais. Esse dado representa um desafio para os gestores do segmento, que têm que reter seus talentos independentemente do assédio de concorrentes.

O HDI conversou com Rosane Chene da Totvs, Gestora que comanda uma equipe de 320 pessoas e uma das responsáveis pelo programa Instituto Oportunidade Social, que visa preparar jovens carentes e com deficiência para trabalhar no mercado de trabalho.

Rosane mencionou as dificuldades e as ações que gestores de equipes podem tomar para reter profissionais em um momento onde a disputa pelo mesmo profissional qualificado é grande.

HDI: O déficit de mão-de-bora na área de TI é visível e tende a piorar segundo os últimos estudos. O que os gestores podem fazer para tentar reter seus taltentos, mesmo com o assédio de concorrentes?
Rosane: Os gestores devem se focar em fazer com que o colaborador se sinta parte da Empresa e não apenas mais um. Notamos que o que prende o colaborador não é apenas um bom salário, mas sim ele se sentir reconhecido e envolvido com os desafios da área que atua.

O líder precisa conhecer sua equipe de verdade, estar atento a cada um de seus talentos, mostrar sua preocupação com a evolução de cada profissional através das avaliações de performance e do plano de desenvolvimento de cada um.

As lideranças devem estar próximas e de fácil acesso a todos.

HDI: Muitos dizem que funcionários pedem demissão de seus chefes e não da empresa. Qual a importância do líder na retenção de um talento?
Rosane: O papel do líder é fundamental na motivação da sua equipe, porque é ele quem conhece como cada um gostaria de ser reconhecido e o que motiva sua equipe.

Despertar o interesse no colaborador pelo seu trabalho e fazê-lo trabalhar principalmente com aquilo que gosta também é um fator importante para garantir o comprometimento e a lealdade do recurso.

A conseqüência disto é um trabalho bem feito e uma meta realizada, e com isto vem as premiações e os reconhecimentos financeiros. Note que isso vem como conseqüência, já foi provado que o reconhecimento financeiro em primeiro lugar não segura o colaborador na Empresa.

HDI: Como o líder de uma equipe pode diminuir o turnover quando se gerencia pessoas da geração Y?
Rosane: A geração Y quer se sentir parte do processo como já falamos, quer sentir que o trabalho dela é importante para empresa e quer fazer principalmente aquilo que sabe fazer melhor. Então o papel do líder é praticar este alinhamento através dos feedbacks e tirar o melhor de cada um como já falamos acima.

HDI: Como o investimento na capacitação dos funcionários pode gerar satisfação e rete-los dentro da empresa?
Rosane: Hoje dentro da Totvs, gerencio uma equipe de 320 pessoas e conseguimos diminuir o nosso turnover, investindo em Trainees e jovens talentos.

Eles entram na bmpresa buscando conhecimento e investimos nesta capacitação através dos nossos programas de treinamento, através do beneficio da graduação e pos-graduação, através de incentivos a certificações de especializações.

Para nós este investimento é primordial, uma vez que apostamos nos jovens talentos, e isto gera uma troca muito positiva.

A questão cultural do trabalhador brasileiro, que muitos apontam como um problema para a expansão deste modelo de trabalho é apontado, pelo contrário, como uma virtude pelo executivo da IBM. A seguir trechos da entrevista: